Equipamento
OBSERVAÇÕES
Pode não ser o mais potente Abarth da atualidade, mas, convínhamos, este 124 Spider é um brinquedo perfeito para quem elegeu a diversão ao volante como o seu passatempo preferido. Partilhando o chassis do Mazda MX-5, o cabrio italiano recebeu retoques únicos dos engenheiros italianos que o transformaram num poço de virtudes dinâmicas. Ao baixo peso (1060 kg), foi adicionado um motor 1.4 litros turbo, com 170 Cv, que estando longe de ser explosivo, responde sempre de forma eficaz a partir das 2500 rpm e está bem auxiliado pela caixa manual de seis velocidades, de rapports bem escalonados, num conjunto bastante económico, que não ultrapassa os 7,8 l/100 km reais, em condições normais e os 11,5 l/100 km, em registos de “corrida”. O autoblocante é, depois, a peça-chave para a diversão, permitindo derivas de traseira com o botão do ESP desligado, muito fáceis de controlar dado o equilíbrio geral do carro italiano, que não tem reações intempestivas e é até bastante permissivo a erros por excesso de confiança. A função “Sport”, para além de “vitaminar” ligeiramente o motor, torna mais direta e “transparente” a direção, suficientemente precisa para colocar sempre o “escorpião” na trajetória certa, desde que, obviamente, se conheçam bem as regras da lei da gravidade. Na mesma linha, os amortecedores Bilstein não deixam o carro adornar demasiado e os travões, assinados pela Brembo, estão perfeitamente adequados às exigências dinâmicas dos 232 km/h de velocidade máxima; 6.8s para atingir os primeiros 100 km/h; e das velocidades a que se atingem antes da necessidade efetiva de pisar o pedal do meio. Os revestimentos em couro e alcântara do tablier, travão de mão e fole da alavanca de velocidades dão um ar muito distinto ao Abarth, completado por um conta-rotações de dimensões generosas e fundo vermelho, do mesmo modo que os sedutores volante e bancos em pele com pospontos vermelhos e diversas inscrições “Abarth” (incluindo uma placa numerada se for uma das primeiras 2500 unidades produzidas), lembram que estamos na presença, não de um Fiat melhorado, mas sim de um verdadeiro Abarth